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Muitos resumem a palavra tekoa como aldeia. Mas no olhar dos Guarani, o que significa? Vamos entender melhor o sentido da palavra tekoa?

Teko/reko significa “modo de ser, modo de estar, sistema, lei, cultura, norma, comportamento, hábito, condição, costume”.  Já o sufixo “a” é indicativo de local. Tekoa, então, é “um lugar de costume e de modo de vida”, produtor da cultura e também produto dela.

Kuery é o plural, então como o projeto é composto por mais de uma aldeia, foi importante sinalizar isso na identificação do nome.

Tekoa Kuery surge como um projeto e um conjunto de ações demandadas pelas aldeias no período da pandemia, contexto em que os eventos e as atividades presenciais foram suspensas e a circulação ficou restrita, no intuito de viabilizar alternativas para a comercialização dos artesanatos.

A composição do grupo é feita por indígenas das aldeias Tekoa Paranapuã, Nhanderekoá e Tekoa Mirim, parceiras e parceiros que contribuem no intermédio de toda logística. Inicialmente foram criados perfis nas redes sociais do instagram e facebook para divulgação dos artesanatos e viabilização da venda.

Mas agora está em processo a implementação da venda por meio deste site. A proposta é ampliar e melhorar os processos de gestão e de logística da produção e gerar maior autonomia para indígenas dessas aldeias, como de outras da região que poderão compor no projeto futuramente..

Iniciativa

Os membros do programa de extensão e do PET “Educação Popular: criando e recriando a realidade social” da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP têm buscado respostas e soluções para as demandas apresentadas pelas comunidades das aldeias indígenas do litoral da região Metropolitana da Baixada Santista, por meio da indissociabilidade ensino – pesquisa – extensão, em uma perspectiva interdisciplinar e inovadora , a partir de diálogos entre os conhecimentos acadêmicos, tecnológicos e tradicionais, como também pela reafirmação de uma relação orgânica entre a população indígena da Aldeia Tekoa Paranapuã e a comunidade acadêmica, estabelecida desde o ano de 2016.
Este diálogo profícuo permitiu identificar que a produção e a venda de produtos artístico- culturais (artesanatos, música, saberes tradicionais referentes à culinária e ao uso das plantas, entre outros) poderiam responder aos requisitos para permanência no territórios com a preservação e fortalecimento da cultura indígena, inclusive pela articulação inter-aldeias da região. Assim, foi desenvolvida entre 2021 e 2023 a proposta da criação de um produto tecnológico que: a) sistematizasse a matriz produtiva e os produtos gerados pelo conjunto dos núcleos e das aldeias participantes; b) possibilitasse a precificação dos produtos a partir dos conceitos “preço justo” e “valor imaterial”; c) organizasse e propiciasse a venda on-line, como também a vivência da gestão compartilhada das decisões e dos recursos financeiros; d) colaborasse com a logística de entrega dos produtos vendidos. Para validar e caracterizar a experiência e o produto como uma inovação extensionista, o projeto atendeu a demanda de outras duas aldeias: Tekoa Mirim e a Tekoa Nhanderekoá. Essas ações materializaram o projeto Tecnologia social para a autonomia produtiva de indígenas em áreas de sobreposição de uso, que recebeu fomento do edital CNPq – Chamada 02/2020 – Bolsa de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT)


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